Como são escolhidos os nomes dos planetas



União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) é quem decide se algo se qualifica ou não como um planeta, e qual nome esse planeta ou não-planeta vai receber. A IAU também é responsável pela "nomenclatura planetária", os nomes oficiais que os astrônomos conferem a marcos ou formações na superfície de objetos cósmicos. As regras que regem esse sistema de nomenclatura são muitas e são peculiares. A seguir estão listadas algumas das mais interessantes (e contraditórias).
Não coloque política no meio.
Uma das regras mais básicas é que "nenhum nome com significado político, militar ou religioso pode ser utilizado." A razão aqui é bem óbvia. Dar espaço para polêmica nunca é uma boa ideia.
Exceto por política antiga. Ou deuses antigos.
Figuras políticas de antes do século XIX? Aí tudo bem. Assim como também vale qualquer deus de uma religião que já acabou ou não é mais tão praticada. Exemplos disso não faltam, afinal, todos os planetas do nosso sistema solar (exceto pela Terra) receberam nomes de deuses ou deusas Greco-Romanos.
Ser homenageado é difícil.
Caso queira ter seu nome oficialmente considerado para uma homenagem na nomenclatura de um objeto cósmico, o IAU aconselha que você seja "de elevada e duradoura reputação internacional." Além disso, você precisa estar morto há ao menos três anos.
Alguns dos melhores nomes nem são oficiais.
Antes do reconhecimento oficial, muitos objetos cósmicos são chamados por nomes não-oficiais. Eris, o planeta-anão que fez Plutão ser rebaixado, era "Xena" (sim, a princesa guerreira da TV) até a designação oficial.
Do mesmo modo, alguns objetos não são considerados importantes o suficiente para um título do IAU, geralmente por conta do tamanho. Esses acabam sendo apelidados pelos times responsáveis por suas descobertas. A lista dos estranhos nomes inclui "Space Ghost," "Zorak," "Marvin the Martian," "Darth Vader," 'Indiana Jones" e "Cookies N Cream."
Pequena cratera, pequena vila.
As crateras de Marte que medem menos de 60km de diâmetro devem ganhar nomes de vilas do mundo com uma população inferior a 100 mil pessoas.
Um grande vale? Chame de Vênus.
Os vales de Vênus com mais de 400km simplesmente são chamados de "Vênus", mas em uma língua diferente. Exemplos: Apisuahts Vallis (na língua dos Blackfoot, um povo nativo americano), Citlalpul Valiis (asteca) e Kallistos Vallis (grego antigo). Vales menores, por outro lado, recebem nomes de deusas dos rios.
Em Vênus, só entra mulher.
Absolutamente todas as partes de Vênus — de tesselas e chasmatas ao planeta em si —  devem ter nomes de mulher. Homem nem pensar.
Exceto por homem velho.
A única exceção para a regra anterior é Maxwell Montes, um maciço de montanhas em Vênus que homenageia o físico e matemático James Clerk Maxwell. O nome foi aprovado no final da década de 1970, antes da lei de exclusividade feminina. As outras duas exceções são Alpha Regio e Beta Regio, duas formações nomeadas com as primeiras letras do alfabeto grego.
Fonte: io9

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